terça-feira, 11 de maio de 2010

Memento




Triste. Em sua própria solidão.








Preso. Em seu próprio desalento.






Morto. Na esperança de uma saudade.






Vivo. Na razão de sonhar.








:








Futuro do Pretérito...






Futuro do Pretérito.

quinta-feira, 25 de março de 2010

"Enquanto seu lobo não vem..."

 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Novo



Hoje mesmo eu esquecerei minhas dores...
e também meus rancores.

Darei fim a solidão...

Vou frutificar o perdão
E afagar as saudades

Vou unir-me à bondade, de corpo e alma
E estender meu eu, de amor aberto

Hoje, eu vou correr
e voar

Sonhar

Sorrir

E, afinal, serei mais grato (?)

E vou fincar no meu peito a compaixão

Desejarei com afinco
o amigo

Sonharei médio

Farei poucos planos...
Apenas serei o melhor de mim
e do outro

Reaprendendo
Buscando
Sofrendo

Pedirei bem menos
por estar contente

Jogarei fora o ódio
Aproximarei os abraços

Vou fixar os meus pensamentos somente nas melhores coisas

E olhar ao meu lado

E esquecer meus motivos pessoais...

E estabelecendo o contato
Vou sentir e amar
E compreender a ventura daquilo que ainda tão pouco conheço...

Ao semear o calor afável da beleza desta tal felicidade

Para sempre...
e sempre...


Sempre


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nós estamos de Férias


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Final de Semana



Se você consegue se sensibilizar e - embora haja, às vezes, algum lance chato - se sente feliz consigo mesmo. Ou se você costuma ter pensamentos bons sobre seus amigos de infância, como um daqueles filmes coloridos e leves de sábado à noite: então, "Glow!" (tem a sua cara). :)
Um ótimo final de semana!

"O mundo é um lugar perigoso de se viver... Não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam o mal e simplesmente permitem que ele ocorra".

- Albert Einstein

sábado, 18 de julho de 2009

Lembranças

Acima: Uma das primeiras capas de dreaming-boy!



Olá!

Saudade de vocês ^^

Faz muito tempo que não apareço por aqui. Mas não foi porque o meu lápis voltou a ter ponta (referência ao endereço do blog), e sim porque nos últimos tempos resolvi me dedicar a uma história insana e meio autobiográfica chamada dreaming-boy!.
Esse livro (e é o tipo de texto que eu pretendo fazer sobre o garoto sonhador) tem o título, em parte, inspirado no Nemo (favor, olhar os primeiros posts do Lápis) e uma sintonia fina com o universo dos quadrinhos, do rock e toda literatura sarcástica e underground que possa talvez existir.
Para os que ainda aguardam novos posts, não desanimem: o dreaming-boy! já terá sua primeira edição em Agosto.

Meus agradecimentos a todos que lêem e gostam das minhas conjecturas cômicas e sensíveis em forma de palavra escrita (ou digitada, se preferirem, já que eu sempre darei um jeitinho de quebrar a ponta do meu lápis de madeira, só pra poder colocar minhas ideias aqui :-) ).

Como estou sempre inebriado de saudosismo - e especialmente para lembrar os bons tempos de infância - ouçam essa minha sugestão musical: Pavement - "Terror Twilight". Esse álbum é ótimo! ^^

Abraços e beijos!

"A música está em tudo. Do mundo sai um hino." - Victor Hugo

sexta-feira, 8 de maio de 2009

"Sonetando"



"Enquanto a lua for calada e branca
eu serei sempre o mesmo, este esquisito,
este invisível vulto, apenas visto
quando o vento, de leve açoita as folhas.

Enquanto a lua for calada e branca
eu serei sempre o mesmo, apenas visto
quando um raio de sol morre na lágrima
que se despede de uma folha verde.

Eu serei sempre assim, apenas sombra,
apenas visto quando a voz de um gesto
colhe no bosque alguma flor azul.

Apenas visto quando em fundo azul
voar a garça (o meu adeus ao mundo?),
enquanto a lua for calada e branca."

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Winter" *










"Há pessoas que amam o poder, e outras que têm o poder de amar."

- Bob Marley

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



"Quando eu era criança, eu costumava rezar todas as noites por uma bicicleta nova.
Até que percebi que Deus não trabalha dessa forma...

Então eu a roubei e rezei, pedindo perdão
."

- Emo Philips

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Verão


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Coma



Descrito,
(re) produz as extravagâncias.
Vida
real
Personagem
de fazer-pensar.

Palco
estranho.

O ator,
a televisão,
dependentes químicos.
Calígula,
os Mandamentos,
as últimas semanas...

O verbo contra a carne:

é a porção que toma
para si
a máxima
do ser que encarnou.

sábado, 13 de dezembro de 2008

... e foram parar na casa dos loucos.



Para Daniele Jardim, meu anjinho-irmã


Calor da tarde: o mais incômodo do dia. Andar por inúmeras lojas, sem se proteger debaixo de um pouco de sombra, nem tomar um delicioso refresco, era quase como cometer suicídio. O garotinho caminhou nos mesmos passos da mãe. Foram juntos descansar no interior de uma loja americana de doces, roupas e eletrônicos bem próxima ao centro da cidade. As pessoas, todas apressadas e preocupadas com a enorme fila de pagamentos que se formava no térreo do prédio, esbarravam umas nas outras, sem avisar ou pedir desculpas.
O garoto e sua mãe pisaram os degraus da escada rolante da loja, seguindo rumo ao departamento de brinquedos e vídeo, onde a mamãe logo cuidaria de averiguar os utensílios para o lar num tempo suficiente para que o garoto pudesse experimentar os brinquedos que sonhava em ter, mas que jamais poderia comprar. Os discos desorganizados nas estantes à esquerda, no departamento de áudio e imagem, também interessavam ao garoto: correu para ver o quarto disco do Led Zeppelin. Infelizmente, tudo era caro.

[É curioso observar que o mais incômodo acontecimento que há em nosso corpo humano é, talvez, a sensação de descontrole, e é impossível estar feliz quando se tem uma súbita e inadiável vontade de ir ao banheiro. Por mais que nos concentremos em fantasias sexuais para driblar a vontade de fazer o número 1, a dor é mais forte... e a bexiga, os rins e a uretra protestam veementemente: "Libertem-no! Libertem-no! Libertem-no! ...".]
O garoto se encontrava muito distante da mãe. Resolveu procurá-la para avisar aonde ia e, assim, tranqüilizá-la.

- Até que o banheiro dos homens está vazio... - o garoto falou para si mesmo - Mas que engraçado... eles todos estão entrando no banheiro feminino. Bando de malucos... ou tarados! Será que é apenas para funcionários?

Decidiu arriscar, antes que acontecesse uma explosão. Caminhou até à porta e leu o aviso: "Por favor, não utilizar o banheiro masculino. Estamos em teste de segurança”.

- Ahhhhhh, droga! Isso só pode ser gracinha do pessoal da loja... - irritado, disse o garoto - Mas eu vou morrer!

Parou, tentou segurar ao máximo aquele impulso orgânico e decidiu adentrar o palácio proibido, já esquecido do aviso amarelo pendurado na porta.
Girou a maçaneta, vagarosamente, e, como numa comédia de sessão da tarde, os alarmes logo exaltaram sua falta de discernimento para lidar com a estúpida decisão tomada. Um repentino medo o assombrou. Diante dos olhares acusadores, o garoto procurava desesperadamente encontrar sua mãe e fugir da cena do crime.

- Mas o que você fez? - a mãe indagou
- Nada! Eu só precisava ir ao banheiro, e aí um alarme tocou.
- Tá, vamos embora! Mas preciso levar esse presente. A gente desce e tenta pagar, mas só se a fila estiver pequena; se não, deixo lá. Ai, meu Deus...!

Os dois apressaram os passos e desceram as escadas, seguindo rapidamente para a fila, enquanto o alarme continuava a tocar tão alto e assustador quanto o ritmo do coração do menino. A boca aberta, o olhar vidrado, as mãos trêmulas e a vontade desesperada de sair o mais rápido possível do estabelecimento. A fila parecia maior ainda, aos olhos do garoto, como um novo tipo de corredor da morte interminável. Para uma criança assustada como ele, o simples girar de uma maçaneta e o soar de um alarme de segurança seriam suficientes para prendê-lo pelo resto da vida. O garoto só conseguia imaginar uma cara endiabrada de um juiz muito gordo e de barba grisalha, voltando-se contra sua pequenice, e gritando: "Culpado!”.
Os trinta segundos que se passaram logo depois da visão afligiram seu ser. A mãe pôs a xícara colorida no caixa, observou o preço da caneca, esperou a nota fiscal sair e procurou os dois reais e noventa e nove centavos guardados na bolsa (universo feminino). Absolutamente apavorado com aquele caos, o garoto arrancou uma cédula de cinco, puxou o braço direito de sua mamãe, olhou para a funcionária e disse:

- Pode guardar o troco!

Caminharam aproximadamente dez metros rumo à saída principal da loja, logo depois seguindo para o ponto de ônibus mais próximo. Ao longe, duas viaturas policiais e um carro-forte da empresa de segurança da loja chegaram para conter os criminosos. Mais aliviado, os dois conversaram sobre o caso:

- Nossa... que susto. Ainda bem, passou. - disse a mamãe
- Aiai... e eu só precisava fazer um xixizinho...
- ...
- ...
- Hahahaha
- Hahahaha

Depois de toda bagunça terminada e já dentro do ônibus, de volta para casa, veio-lhe um pensamento irrisório:
"Só poderia mesmo se chamar Rua do Hospício".